Dia Internacional da Alfabetização



"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida."

                                                                               John Dewey








O Dia Mundial da Alfabetização é celebrado no dia 8 de Setembro. Este dia foi instituído em 1967 pela ONU e UNESCO, com o propósito de fomentar a alfabetização nos vários países.

O processo de aprendizagem de ler e escrever (alfabetização) está diretamente relacionado com o desenvolvimento de um país. Quanto mais pessoas analfabetas, menor é o índice de desenvolvimento. Por esse motivo, nas últimas décadas vários países têm assumido o compromisso de combater o analfabetismo. Atualmente, a alfabetização atinge cerca de 84% da população mundial.

O Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2007/08 calcula que, em 2005, Portugal tivesse 658 mil analfabetos. Menos 142 mil do que em 2001. A maioria são idosos e mulheres

Os últimos dados conhecidos sobre o analfabetismo em Portugal são a estimativa do PNUD (Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento) publicada no relatório bienal 2007/08, segundo o qual existem 658 mil portugueses com mais de 15 anos que não sabem ler nem escrever.

A confirmar-se esta previsão no Census 2011 – e atendendo aos 800 mil analfabetos que o recenseamento nacional da população assinalou em 2001 – trata-se de uma redução semelhante à registada entre 1991 e 2001, em que a taxa de analfabetismo nacional passou de 11% para 9,2%.

Na passagem de mais um Dia Internacional da Alfabetização, os portugueses não têm motivo para se regozijar. Porque a redução gradual verificada parece resultar não tanto da alfabetização em idade adulta, mas, sobretudo, do óbito dos cidadãos analfabetos.

Segundo Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO:

"A alfabetização é um direito básico e um motor essencial para o desenvolvimento humano. Ela pavimenta o caminho para autonomia, aquisição de capacidades, expressão cultural e participação plena em sociedade.

O analfabetismo mundial tem caído, ao longo de duas décadas, graças ao trabalho e aos esforços internacionais em direção aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Atualmente, 84% da população mundial podem ler e escrever, comparados aos 76%, em 1990. Em 20 anos, a população analfabeta foi reduzida a mais de 100 milhões de pessoas.

Isso ainda não é o suficiente. Por trás desses números, ainda há sérias desigualdades. Dois terços dos 774 milhões de analfabetos adultos no mundo são mulheres. A maioria das crianças e dos jovens que não frequenta a escola são mulheres. Cinquenta e sete milhões de crianças em idade de pré-escola e sessenta e nove milhões de crianças em idade de escola secundária não têm a oportunidade de frequentar instituições de ensino. Crianças que têm a sorte de ir à escola nem sempre saem da escola capazes de ler e escrever. Mesmo em países economicamente desenvolvidos, a proporção da população sem capacidades básicas de leitura e escrita é bastante alta. Esse é um sério obstáculo para o desempenho individual, para o desenvolvimento das sociedades e para a compreensão mútua entre os povos."



Sendo eu Psicopedagogo de formação, este é um tema que me é particularmente especial.

Sendo a Psicopedagogia responsável pelos métodos estratégicos para crianças com dificuldades na aprendizagem, pode afirmar-se que a sua função na escola, em especial no processo de alfabetização é mediar as capacidades das crianças, levando-as a partir daí a sentir-se estimuladas através da escola juntamente com o professor psicopedagogo numa construção significativa e de acordo com a sua capacidade de desenvolvimento.
A Psicopedagogia como uma atividade voltada para um atendimento personalizado àqueles alunos que merecem uma atenção especial, exerce forte influência em todo o processo de ensino-aprendizagem, visto quer através da valorização do aspecto cognitivo como foco de reflexão. Tanto o educador quanto o aluno passam a viver experiências relevantes não apenas para o processo de ensino-aprendizagem na escola, mas também para uma convivência maior que envolve o indivíduo e o seu meio numa construção significativa de aprendizagens através das experiências vivenciadas diariamente com o mundo e com as coisas nele existentes.


Espero que gostem!


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