"A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos."
Mohandas Gandhi
Dia 16 de Novembro foi instituído pela Resolução 51/95 da UNESCO Dia Internacional da Tolerância e foram signatários 185 Estados.
Entretanto, a Declaração da ONU fez parte do evento sobre o esforço internacional do ano das Nações Unidas para a tolerância.
Nesta Declaração, os Estados participantes reafirmaram a "fé nos Direitos Humanos fundamentais" e ainda na dignidade e valor da pessoa humana, além de poupar sucessivas gerações das guerras por questões culturais, para tanto devendo ser incentivada a prática da tolerância, a convivência pacífica entre os povos vizinhos.
Ainda, à Declaração Univesal dos Direitos Humanos indica entre outros princípios que todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, direito à liberdade de opinião e expressão, direito a educação, promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos raciais e religiosos .
Para a consecução dessa tolerância entre os povos, foram aprovados vários instrumentos jurídicos internacionais, entre os quais a Convenção Internacional dos Direitos Civis e Políticos, Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Declaração de Eliminação de todas as formas de Intolerância baseada na religião ou crença.
O Dia Internacional da Tolerância é uma oportunidade, para cada ser humano renovar o seu compromisso de praticar tolerância e promover harmonia.
A intolerância é um desafio global que toma muitas formas localmente. Para que seja efectiva, uma acção global deve ser complementada por medidas locais, nacionais e, igualmente, individuais.
Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, pela ocasião do Dia Internacional da Tolerância, 16 de novembro de 2013.
O Dia Internacional da Tolerância é uma oportunidade, para cada um de nós, de renovar nosso compromisso de praticar tolerância e promover harmonia. O rápido ritmo de globalização do mundo também o torna cada vez mais frágil. É por isso que, todos os dias, em todas as sociedades, devemos criar novos canais de tolerância, confiança e compreensão.
Essa tarefa demanda compromisso e tempo. Devemos começar com educação de qualidade para combater a ignorância, o preconceito e o ódio, que são as raízes da discriminação e do racismo. Precisamos da educação para debelar os medos que muitos sentem do desconhecido e de outras pessoas, suas culturas, suas escolhas e crenças. A educação é o melhor caminho para fomentar uma cultura de paz e construir sociedades inclusivas.
A intolerância é um desafio global que toma muitas formas localmente. Para que seja efetiva, uma ação global deve ser complementada por medidas locais, nacionais e, igualmente, individuais.
Em nível global, a UNESCO está conduzindo a Década Internacional das Nações Unidas para a Aproximação das Culturas, lançada neste ano, para promover os benefícios da troca e do diálogo entre culturas e para construir novas redes para a luta contra o racismo e a discriminação.
Nós também trabalhamos em campo, onde as necessidades são mais agudas. Esse foi o objetivo de um projeto recente da UNESCO para promover a cultura de paz entre jovens mulheres e homens vivendo em Trípoli, no Líbano. Por meio de trocas entre o teatro e as artes, a UNESCO trabalhou com jovens de toda a cidade para aprofundar o entendimento mútuo, para aprender a viver e trabalhar juntos, para resolver diferenças usando o diálogo.
Para criar mudanças positivas, devemos constantemente nos fazer as seguintes perguntas. Como são garantidos os direitos de pessoas que pertencem a minorias sociais, nacionais, étnicas, religiosas, linguísticas ou outras em nossa comunidade, Estado e região? Estamos fazendo o suficiente para promover direitos igualitários e a dignidade de indígenas, trabalhadores migrantes, candidatos a asilo e refugiados, ou pessoas com necessidades especiais? As respostas a essas questões devem nos levar à ação.
Este Dia Internacional é uma chance para aprofundar nosso compromisso com o diálogo e a solidariedade tanto em nossas famílias e comunidades quanto nas relações com outros povos. A tolerância jamais deve ser subestimada. É uma maneira de viver que devemos constantemente reinventar para novos tempos, para reconhecer as diferenças de outros como iguais às nossas e as riquezas de outras culturas como um tesouro de todos a ser compartilhado.
Num mundo de incertezas, em sociedades passando por profundas transformações, isso jamais teve tanta importância para a manutenção da paz duradoura e para o desenvolvimento sustentável.
Espero que gostem!
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