Hoje é o Dia Internacional da Doença de Alzheimer. Uma doença incurável que faz sofrer essencialmente quem cuida. Esteja atento aos sinais e faça os despistes necessários.
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras).
Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária.
À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de tamanho e número, formam-se tranças neurofibrilhares no seu interior e placas senis no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer e isto traduz-se numa incapacidade de recordar a informação. Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afetando as várias áreas cerebrais vão-se perdendo certas funções ou capacidades.
Quando a pessoa perde uma capacidade, raramente consegue voltar a recuperá-la ou reaprendê-la.
Existem dois tipos diferentes de Doença de Alzheimer:
A Doença de Alzheimer esporádica pode afetar adultos de qualquer idade, mas ocorre habitualmente após os 65 anos. Esta é a forma mais comum de Doença de Alzheimer e afeta pessoas que podem ter ou não, antecedentes familiares da doença. Parece não existir hereditariedade da Doença de Alzheimer esporádica, de início tardio. Contudo, é possível que algumas pessoas possam herdar uma maior ou menor probabilidade para desenvolverem a doença numa idade avançada. O ApoE14 é o único gene associado a um ligeiro aumento do risco de desenvolver Doença de Alzheimer, de início tardio. Mesmo assim, metade das pessoas portadoras deste gene, e que vivem até aos 85 anos, não desenvolve Demência nesta idade. Os investigadores estão a tentar encontrar outros fatores de risco, genéticos e ambientais que possam tornar o desenvolvimento da Doença de Alzheimer mais ou menos provável. No entanto até à presente data o único fator de risco evidente para o desenvolvimento desta doença parece ser a existência prévia de um traumatismo craniano severo.
A Doença de Alzheimer Familiar é uma forma menos comum, na qual a doença é transmitida de uma geração para outra. Se um dos progenitores tem um gene mutado, cada filho terá 50% de probabilidade de herdá-lo. A presença do gene significa a possibilidade da pessoa desenvolver a Doença de Alzheimer, normalmente entre os 40 e 60 anos. Este tipo de Doença de Alzheimer afeta um número muito reduzido de pessoas.
Nas fases iniciais, os sintomas da Doença de Alzheimer podem ser muito subtis. Todavia, começam frequentemente por lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano.
Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada.
Outros sintomas característicos:
• Dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes;
• Apresentar um discurso vago durante as conversações;
• Perder entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas;
• Demorar mais tempo na realização de atividades de rotina;
• Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos;
• Incapacidade para compreender questões e instruções;
• Deterioração de competências sociais;
• Imprevisibilidade emocional.
Consoante as pessoas e as áreas cerebrais afetadas, os sintomas variam e a doença progride a um ritmo diferente. As capacidades da pessoa podem variar de dia para dia ou mesmo dentro do próprio dia, podendo piorar em períodos de stress, fadiga e problemas de saúde. No entanto, o certo é que vai existir uma deterioração ao longo do tempo. A Doença de Alzheimer é progressiva e degenerativa e, atualmente, irreversível.
Atualmente não existe qualquer teste específico para identificar a Doença de Alzheimer. O diagnóstico é realizado após uma observação clínica cuidadosa. O diagnóstico clínico pode incluir a realização de: história médica detalhada, exame físico e neurológico aprofundado; exame do funcionamento intelectual; avaliação psiquiátrica; avaliação neuropsicológica; e análises laboratoriais ao sangue e urina.
É importante ter um diagnóstico preciso o mais cedo possível, para determinar se a situação clínica da pessoa é devida à Doença de Alzheimer ou se os sintomas estão a ser causados por outra doença, diferente ou rara, que requeira um tratamento específico.
Até à presente data não existe cura para a Doença de Alzheimer. No entanto, existem algumas medicações que parecem permitir alguma estabilização do funcionamento cognitivo nas pessoas com Doença de Alzheimer, nas fases ligeira e moderada.
Os medicamentos também podem ser prescritos para sintomas secundários, como inquietude e depressão, ou para ajudar a pessoa com Doença de Alzheimer a dormir melhor.
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